Esqueça qualquer outro carro da McLaren que você viu nas últimas três décadas, pelo menos. A tradicional equipe inglesa apresentou nesta sexta-feira o seu novo modelo, que não lembra em nada os seus antecessores, para esta temporada da Fórmula 1 trazendo uma chamativa pintura de cor laranja predominante, assim como exibiu um design agressivo para ao menos voltar aos trilhos após os seus últimos anos decepcionantes na categoria máxima do automobilismo.
A predominância da cor laranja, por sinal, não era adotada pela equipe de Woking na Fórmula 1 desde 1971, quando o time terminou o Mundial daquele ano em sexto lugar entre 12 escuderias presentes em um campeonato vencido pelo lendário escocês Jackie Stewart, da extinta Tyrrell.
Um dos times mais vencedores da história da F-1, com 12 títulos do Mundial de Construtores, a McLaren terá o novo modelo MCL32 impulsionado por motores fornecidos pela Honda, que desde quando reeditou a histórica parceria com a equipe não teve nem um pingo do sucesso que conseguiu entre o final da década de 1980 e início da de 1990, quando Ayrton Senna e Alain Prost dominaram a categoria como companheiros de time.
Com os pés no chão e ciente de que ainda precisa perseguir um longo caminho para retornar aos seus tempos de glória, a McLaren voltará a contar com o bicampeão mundial Fernando Alonso como um dos seus pilotos em 2017. E o experiente espanhol terá um novo companheiro de equipe, o recém-contratado belga Stoffel Vandoorne, campeão da GP2 que herdou o lugar do inglês Jenson Button, agora aposentado.
No ano passado, a equipe inglesa apresentou alguma evolução em relação a 2015, mas ainda assim teve uma campanha decepcionante, terminando em sexto lugar no Mundial de Construtores, assim como teve um sexto lugar como o seu melhor resultado de corrida na temporada.
Para começar a ao menos sonhar com uma mudança de panorama no qual figura como uma equipe grande que vem amargando um papel de coadjuvante na tabela de classificação, a McLaren mostrou que aproveitou da forma mais ousada que poderia o novo regulamento técnico da Fórmula 1 ao apresentar um design com uma série de novidades aerodinâmicas, como a peça fixada acima da tampa do motor que lembra a "barbatana" de um tubarão.
Com detalhes em preto na pintura contrastando com o laranja, como pôde ser visto nas laterais e nesta "barbatana" atrás do cockpit, o MCL32 será equipado com a última geração de motor produzido pela Honda, o RA617H, que foi completamente revisado pela equipe de engenheiros da montadora japonesa e espera proporcionar um desempenho bem mais significativo do que os seus dois antecessores, que ficaram aquém do esperado.
Será o terceiro ano em que a Honda fornece motores para a McLaren desde a reedição da histórica parceria entre as partes a partir da temporada de 2015, quando a Mercedes deixou de entregar propulsores para a equipe inglesa.
Por Redação AEC | Fonte: Agência Estado
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