Técnico do Atlético-GO, Marcelo Cabo está desaparecido desde a madrugada de sábado para domingo. O treinador era esperado para comandar o treinamento do Dragão, que se prepara para a disputa do Campeonato Goianiense, na manhã desta segunda-feira. A diretoria do clube goiano registrou Boletim de Ocorrência nesta segunda-feira no Delegacia Estadual de Investigação Criminal (DEIC) e a polícia já iniciou as buscas.
Até o momento, sabe-se que o último contato do treinador foi com seu filho, que estava no Rio de Janeiro, às 2h30 de domingo. Logo depois, por volta das 3 horas, Marcelo Cabo deixou o prédio onde vive, no Jardim Goiás - não levou o celular, mas estava com o cartão de crédito. Há pouco, o Dragão, através do Twitter, confirmou o desaparecimento do treinador e anunciou uma coletiva de imprensa.
"O Atlético Goianiense confirma a informação do desaparecimento do técnico Marcelo Cabo. Mais informações às 14h30, em entrevista coletiva".
"É uma coisa estranha, porque ele deixou o celular e deixou a carteira", opina o tenente-coronel Wellington Urzeda, responsável pelo caso.
"Trata-se de uma pessoa excepcional, todo mundo conhece, sabe que não é da noite. É um cara muito discreto. Não tem histórico nenhum de sair à noite", apontou Urzeda.
"Ele tem a saúde plena, não tem problema de depressão, isso que nos intriga. Estamos torcendo e querendo o melhor. Como saiu sem celular e carteira, pode ter tido um mal súbito e levado para um hospital. Como estava sem documento, não foi identificado. A gente trabalha nessa via de mesmo estando com a saúde pela, ele possa estar bem em algum lugar", completou Urzeda.
Em entrevista à Rádio 730 AM, de Goiânia, o diretor de futebol do Atlético-GO, Adson José Batista, mostrou abatimento.
"É uma situação difícil de absorver, é uma situação que está muito tensa, sem condição até de falar. Esperar que Deus ilumine e que termine da melhor maneira possível. A família está desesperada, passando por momentos difíceis", relatou.
UM POUCO DO TREINADOR
Marcelo Cabo começou a carreira de treinador no Bangu, passando por Tombense, Nacional-MG, Volta Redonda, Macaé, Ceará, Tigres do Brasil, Resende e Atlético-GO, onde realizou seu principal trabalho. Ele também foi auxiliar na seleção da Arábia Saudita, no Figueirense e na Ponte Preta, além de ter sido observador técnico da Seleção Brasileira em 2010.
O técnico, que tem 38 jogos à frente do Atlético-GO, sendo 22 vitórias, 10 empates e seis derrotas - 67% de aproveitamento dos pontos disputados -, renovou com o Dragão até o final de 2017, tendo como principal objetivo manter o clube na elite do futebol brasileiro do próximo ano. Ele comandou o Rubro-negro no título do Campeonato Brasileiro da Série B do ano passado, o principal da história.
Por Redação AEC | Fonte: Agência Futebol Interior
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