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Menino de 7 anos fica cego do olho direito após levar badogada

Um menino de apenas sete anos ficou cego do olho direito após ser atingido por uma pedra, arremessada de um estilingue, no Distrito Federal. O acidente aconteceu enquanto Ulisses Rodrigo Silva brincava com um colega da mesma idade em um parque no Recanto das Emas, região administrativa que fica a 21,6 km do centro de Brasília. Segundo a família, a situação do garoto poderia ser revertida caso a Secretaria de Saúde fornecesse a cirurgia. Só que até o momento, duas semanas após o ocorrido, nada foi feito.

Francisco da Costa, pai do menino, conta que a família levou-o imediatamente ao Hospital Regional de Taguatinga no dia 2 de novembro. De lá, foram encaminhados ao Hospital de Base, que fica na Asa Norte. No local, o oftalmologista teria receitado três colírios e em seguida, liberado o garoto para ir para casa. A atitude dos servidores, segundo o pai, mostrou claramente o descaso com a saúde pública no Distrito Federal. "Deveriam ter pelo menos o internado. Meu filho voltou para casa com os olhos sangrando e com muita dor. Nem conseguiu dormir direito. O acidente aconteceu por volta de 16h. Desde então, estamos correndo contra o tempo", relata Costa.

No dia seguinte, a família retornou ao Hospital de Base. Lá, veio o diagnóstico: a criança estava com ferimentos graves no cristalino, a lente natural do olho e que se localiza atrás da íris (parte colorida dos olhos), e precisaria de uma cirurgia para reverter a situação. A família então ficou esperançosa, já que o procedimento poderia fazer com que a visão da criança voltasse. "Naquele momento, ficamos emocionados. Nosso filho poderia voltar a enxergar. O procedimento, segundo a médica, seria uma vitrectomia. Uma nova lente seria implantada, o que iria substituir a que ficou ferida", conta o pai.

Algumas horas depois, veio a má notícia. "Entregamos o encaminhamento da cirurgia e soubemos que não há mais vagas para esse ano para a primeira consulta, antes do procedimento. Ou seja, não há nenhum prazo para o procedimento no meu filho. E o final já sabemos, né? Quanto mais o tempo passar, mais a situação dela ficará difícil. Eu me sinto muito impotente", desabafa Francisco. O casal, que tem mais quatro filhos, é de origem humilde.

A mãe de Ulisses, Leia Oliveira é gari, e o pai está desempregado. Segundo Leia, a família não tem como arcar com o procedimento na rede particular, já que a cirurgia pode chegar a custar R$ 15 mil. O garoto, que cursa a segunda série, está sem ir à escola desde o acidente. "Ele chora muito. Sente saudade de brincar, estudar e de ver os coleguinhas. Como mãe, meu coração fica partido. Mas não vou desistir dos nossos direitos". A família garante que vai entrar na Justiça contra a Secretaria de Saúde. 

Por Redação GN | Fonte: Uol Notícias

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