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BB deve fechar 12 agências e desligar mais de mil funcionários na Bahia


Doze agências do Banco do Brasil (BB) serão fechadas e mais de mil funcionários podem ser desligados na Bahia, conforme o plano de reestruturação anunciado nesta segunda-feira, 21. De acordo com a assessoria do BB na Bahia, outras 33 unidades serão transformadas em postos de atendimento.

Com isso, o Estado passará a contar com 283 agências e 152 postos de atendimento. Atualmente, esses números são de 328 e 119, respectivamente.

Em Salvador, serão fechadas as unidade da Avenida Garibaldi, Cabula, Cidadela, Coelba, Costa Azul, Ondina, Garcia, IAPI, Shopping Passeo e Paulo VI. No interior, as agências da Rua J.J.Seabra, em Feira de Santana, e da Av. Régis Pacheco, em Vitória da Conquistas, também terão suas atividades suspensas.

O presidente do BB, Paulo Caffarelli, garantiu que não vai fechar agência "em nenhuma cidade onde tenha apenas uma unidade".
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Este é número de funcionários que podem aderir ao plano de aposentadoria incentivada na Bahia
Caffarelli explicou que a reestruturação vai atingir regiões onde há agências próximas uma da outra, como ocorre nas maiores cidades. O objetivo é "remodelar a estrutura em busca de eficiência operacional".

Para isso, além da desativação das unidades, a reestruturação também prevê a redução no número de funcionários por meio de um plano de incentivo à aposentadoria. Segundo o banco, em todo Brasil, 18 mil servidores se encaixam nos requisitos para aderir ao plano (mais de 50 anos de idade e 15 anos de trabalho no BB).

Funcionários na Bahia
Já na Bahia, 1.003 dos 5.206 que trabalham no estado podem aderir à proposta. Ou seja, um corte de 19% do efetivo no Estado.

Quem se inscrever vai receber o pagamento de 12 salários e indenização pelo tempo de serviço que varia entre 1 e 3 salários. O prazo para adesão é até 9 de dezembro.

Caso 9 mil funcionários aceitem a proposta, o BB prevê uma economia anual de R$ 2,13 bilhões ao ano. Se a adesão for de todos os servidores que têm perfil exigido pelo plano, a redução de custos é de R$ 3,75 bilhões ao ano.

Crítica
Os bancários foram surpreendidos com o anúncio de reestruturação do BB. De acordo com o presidente do Sindicato dos Bancários na Bahia, Augusto Vasconcelos, o banco não procurou as entidades que representam a categoria nacionalmente para informar da decisão de fechar as agências.
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Achamos absurda a posição do banco, que sequer chamou (a categoria) para negociar
Augusto Vasconcelos, presidente do Sindicato dos Bancários na Bahia
"Achamos absurda a posição do banco, que sequer chamou (a categoria) para negociar. Estamos pedindo informações para a direção nacional", disse Vasconcelos.

Ele defende que a medida vai impactar no atendimento ao público. "Hoje há déficit de funcionários e a proposta do governo vai, sem dúvida, piorar esse problema. Achamos, inclusive, que é uma posição irresponsável, porque o Banco do Brasil realiza operações de políticas sociais e desenvolvimento, como o Crédito Rural. Portanto, a redução no número de unidades penalizará sobretudo os mais pobres, que dependem do atendimento presencial", afirmou.

O sindicalista também avalia a reestruturação como uma tentativa de privatização do banco e avalia que o BB não precisa passar por essa mudança, já que é uma empresa lucrativa.

Por Redação GN | Fonte: A Tarde

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