Pesquisadores francês, escocês e holandês recebem prêmio por estudos sobre o projeto e síntese de máquinas moleculares, que no futuro poderão ser usadas na medicina.
A Academia Real de Ciências da Suécia anunciou nesta quarta-feira (05/10) que o prêmio Nobel de Química deste ano vai para um trio de cientistas que desenvolveu estudos sobre o projeto e síntese de máquinas moleculares – chamadas de "as menores máquinas do mundo".
Os agraciados são o francês Jean-Pierre Sauvage, o escocês Sir J Fraser Stoddart e o holandês Bernard L Feringa, que "desenvolveram moléculas com movimentos controláveis capazes de realizar tarefas quando recebem energia", informou o comitê da premiação.
"As máquinas moleculares deverão ser empregadas no desenvolvimento de novos materiais, sensores e sistemas de armazenamento de energia", afirmou a Academia, acrescentando que esses mecanismos, são "mil vezes mais finos do que um fio de cabelo".
As descobertas ainda estão em período inicial de pesquisa e poderão, por exemplo, ser úteis na medicina. Uma das aplicações seria eventualmente o transporte de medicamento por nanorobôs. Os vencedores do prêmio recebem 8 milhões de coroas suecas (931 mil dólares).
O anúncio do prêmio de Química foi o último deste ano na área das ciências. Nesta semana, o Nobel de Fisiologia ou Medicina foi agraciado ao biólogo japonês Yoshinori Ohsumi por suas descobertas sobre como as células reciclam seu conteúdo, num processo conhecido como autofagia – palavra de origem grega que significa "comer a si próprio".
O Nobel de Física foi atribuído aos cientistas britânicos David Thouless, F. Duncan Haldane e J. Michael Kosterlitz, pelas "descobertas teóricas das transições da fase topológica e às fases topológicas da matéria". Segundo o comitê, o trabalho dos três pesquisadores "revelou o segredo da matéria exótica" – termo que se refere à matéria que se desvia das propriedades normais.
O prêmio Nobel da Paz será anunciado nesta sexta-feira, enquanto as premiações de Economia e Literatura serão divulgadas na próxima semana.
Por Redação GN | Fonte: dw.com
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