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Detento mata companheiro de cela após reconhecê-lo


O detento do Conjunto Penal de Feira de Santana, Patrício Amaral de Carvalho, 21 anos, está sendo acusado de ter matado no interior da unidade prisional o companheiro de cela, Jairo Borges, 32 anos.De acordo com o capitão Alan Araújo, diretor do Conjunto Penal, o acusado cometeu o crime ao recordar-se do homem que teria matado a mãe enquanto ouvia Jairo contar o motivo de sua prisão.

“Diante da situação ele não se conteve e partiu para tirar uma vida. Ele conseguiu dentro do pavilhão 01, forçando as estruturas de concreto, retirar um pedaço de metal e com este pedaço de metal conseguiu tirar a vida de Jairo Borges”, disse o capitão Alan.

Ao Acorda Cidade, Patrício disse que Jairo também o reconheceu e que estavam sozinhos na cela quando começaram a brigar e que a arma branca, usada no assassinato no presídio, era de Jairo. “Ele encontrou meu tio, que usa muleta, dentro de casa e ficou com ciúmes. Lembro de tudo como se fosse ontem. Ele também me reconheceu. Mantinha relação sexual com minha mãe na minha frente, nunca me deu nada, usava crack na minha frente. Minha mãe era alcoólatra. Minha mãe tinha 35 anos e ele 22 na época. Ele me reconheceu primeiro e esperou que todos saíssem para vir para cima de mim. Só tinha eu e ele na cela. Dei umas oito furadas nele. Bati primeiro nele, mas ele não quis parar e eu acabei furando ele todo”, disse Patrício afirmando que estava arrependido.

Segundo o diretor, Patrício chegou ao presídio na semana passada por furtar um notebook na cidade de Santo Amaro e agora terá sua permanência na prisão estendida por conta da prática de um delito de maior gravidade.

“Patrício alegou que não sabia que Jairo estava preso aqui porque o fato ocorreu há muito tempo, mas o nome do suposto assassino da mãe dele veio a ser lembrando quando Jairo compartilhou o caso no mesmo pavilhão. Por ironia do destino, ele não imaginava que o assassino da mãe estaria preso aqui e no momento que o encontrou cometeu o ato num momento de fúria”, relatou o diretor.

Jairo ainda foi socorrido para o Hospital Geral Clériston Andrade, mas não resistiu.

“Em 2007 Jairo cometeu um homicídio, esteve preso, saiu para responder em liberdade e depois retornou para cumprir a pena de 11 anos no Presídio Regional. Nas primeiras informações obtidas confere. É a mãe do Patrício. Ele será encaminhado para um presido de segurança maior, provavelmente em Serrinha. Ficamos abismados com o fato, mesmo já acostumados coma vida no setor policial. Nem ele mesmo imaginava que o autor estava por aqui. Foi uma lástima”, disse o diretor.

Patrício tinha 12 anos de idade quando Maria Lúcia foi assassinada. O crime ocorreu no dia 13 de novembro de 2007 por causa de ciúmes.

Por Redação GN | Fonte: Acorda Cidade

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