Segundo alerta da Sociedade Brasileira de Cardiologia, casos de infarto em mulheres podem se tornar mais frequente do que em homens, nos próximos anos. Pesquisas da SBC apontam que em cinco décadas, o percentual de mulheres acometidas por infartos saltou de 10% para 48%. Além do estresse provocado pelo trabalho, o diabetes seria um dos principais responsáveis por esse fenômeno. Isso porque o impacto da disfunção sobre a saúde cardíaca feminina é ainda mais negativo do que sobre a masculina. Recentemente, a American Heart Association divulgou que as diabéticas do tipo 2 têm o dobro de riscos de apresentar doença cardiovascular do que os homens com a doença. Para piorar, elas tendem a sofrer infarto ou AVC em idade mais precoce, além de terem maior propensão a morrer logo após o primeiro evento. Em contrapartida, conseguem obter mais benefícios, do ponto de vista cardíaco, ao adotar hábitos saudáveis. Um dos fatores que mais prejudica a saúde cardíaca feminina é o hábito de fumar, principalmente no caso de mulheres que também tomam pílula anticoncepcional, uma vez que essa associação é muito arriscada e pode provocar trombose. De acordo com o cardiologista Mozart Cardoso Filho, a doença apresenta características distintas em diferentes sexos. No homem, o sintoma mais comum é a dor no peito. Em mulheres, ela aparece de forma atípica, provocando dor nas costas e sensação de falta de ar, por exemplo. A doença coronária no sexo feminino pode também não apresentar nenhum sintoma, o que dificulta o diagnóstico e o tratamento, explica o cardiologista.
Por Redação GN | Fonte: Bahia Notícias
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