Os Jogos Olímpicos Rio 2016 encerrou nesta sexta-feira (19) sem nenhuma medalha para a Seleção Feminina de Futebol. Jogando na Arena Corinthians, em São Paulo, as comandadas de Vadão caíram para o Canadá por 2 a 1 na decisão de terceiro lugar e se despedem da competição com quatro jogos consecutivos sem vitória. As adversárias ficaram com o segundo bronze consecutivo, já que também conquistaram a medalha em Londrina 2012.
A última vez que Marta e companhia deixaram o gramado com um triunfo foi na segunda rodada da fase de grupos, quando bateram a Suécia por 5 a 1 no Engenhão, há 13 dias. De lá pra cá a Seleção não conseguiu mais balanças as redes e acabou com três 0 a 0 consecutivos – África do Sul no último jogo da primeira fase, Austrália nas quartas e Suécia nas semifinais.
Recuperada de lesão, Cristiane começou o confronto como titular, ao lado de Bia e Andressa Alves, mas pouco conseguiu produzir. Com dificuldade de acertar a transição entre ataque e defesa, o Brasil apostava mais uma vez na transição direta, facilitando a marcação canadense. Do outro lado, as adversárias mostravam mais organização, trabalhando a bola no setor ofensivo.
Tanto que a primeira grande oportunidade do confronto foi do Canadá, com a incansável Sinclair. Em cobrança de falta, a craque jogou a bola no travessão de Bárbara, que até tentou, mas não chegou na bola. O principal adversário das brasileiras era o cansaço, já que vinham de dois jogos seguidos com prorrogação. Diante deste cenário quem abriu o placar foram as estrangeiras.
Em contra-ataque rápido, a lateral esquerda Lawrence ganhou de Fabiana na corrida e invadiu a grande área, chegou na linha de fundo e viu Rose entrando sozinha no segundo pau. A atacante recebeu sozinha e só escorou para o fundo das redes, antes de correr para comemorar. Bárbara até tentou desviar com a perna esquerda, mas ela veio com força.
O gol do Canadá caiu como um banho de água fria para o Brasil, que não demonstrava poder de reação em São Paulo, até que Vadão resolveu mexer no estilo de jogo. Na volta para o segundo tempo ele tirou a artilheira Cristiane para a entrada de Debinha e pediu mais pressão na saída de bola das adversárias. A mudança aumentou o ânimo das jogadoras brasileiras, mas não freou o ímpeto do rival.
Isso porque logo aos sete minutos de bola rolando a bola tocou mais uma vez o fundo das redes da goleira Bárbara. Inteligente, Fleming lançou Rose pela direita, que levantou a cabeça e viu Sinclair entrando na grande área. A artilheira venceu a marcação e só fuzilou o canto esquerdo brasileiro. O lance a colocou como segunda maior goleadora na história das Olimpíadas, com 11 gols, atrás apenas de Cristiane do Brasil, que tem 15.
Na base do abafa, a Seleção Brasileira finalmente conseguiu sair do zero. Em cobrança de lateral pela esquerda, a bola viajou até a grande área e Érika desviou para trás, em direção da Bia. A atacante girou em cima da marcação de Zadorsky e chutou cruzado, sem chances para Stephanie Labbé. O gol aos 33 minutos animou a torcida em busca do empate, mas conforme o tempo passava as jogadoras foram sentindo o cansaço.
Por Redação AEC | Fonte: Agência Futebol Interiior
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