Foi exatamente como tinha que ser. Nas cobranças de pênalti após um empate por 1 a 1 no tempo normal, o Brasil bateu a Alemanha dentro do Maracanã e levou a primeira medalha de ouro na história dos Jogos Olímpicos. Neymar, mesmo após todas as críticas da imprensa, marcou de falta no primeiro tempo e ainda consagrou na última cobrança de pênalti, após erro de Petersen. A festa no estádio durou até mesmo após o apito final. Na disputa pela medalha de bronze, Nigéria venceu Honduras, por 3 a 2.
Na saída do gramado, o mesmo Neymar finalmente falou com os jornalistas, mas apenas para dizer: "vocês agora vão ter que me engolir". E sim, ele tem razão! Capitão e líder do grupo dentro de campo - ao lado de Renato Augusto -, o camisa 10 foi fundamental para a classificação do Brasil. Além da nossa geração de ouro, agora nós também somos a seleção mais vencedora na história da Olimpíadas, com seis medalhas: duas de bronze e três de prata.
SAI DAQUI, ALEMÃO!
Abusando da velocidade, a Alemanha cresceu nos primeiros minutos de jogo. Logo aos 10 minutos de bola rolando os estrangeiros já explodiram a trave do Brasil, com o atacante Brandt, que arriscou de fora da área e calou o Maracanã. Em todo o primeiro tempo foram mais duas carimbadas no travessão de Weverton, em momentos de pressão dos europeus.
Renato Augusto era o brasileiro que mais se movimentava no gramado, tentando organizar a Seleção Brasileira. Micale deixou o jogador mais solto no meio campo, trabalhando as jogadas pelas duas pontas e buscando a posse com os zagueiros. Conforme o tempo foi passando, o Brasil acabou acertando a marcação e passou a explorar o contra-ataque em velocidade.
Com 25 minutos, Neymar disparou pela esquerda, deixou a marcação para trás e acabou derrubado por Ginter na entrada da grande área, pela esquerda. Na cobrança, o próprio camisa 10 ajeitou a bola, aguardou a sinalização do árbitro e mandou para o fundo das redes. Ela ainda tocou o travessão e quicou na linha antes de explodir as arquibancadas do Maracanã.
A desvantagem no placar não desanimou a Alemanha, que cresceu ainda mais em busca do empate. O Brasil tentou administrar a posse de bola e ficou girando a marcação em busca de um espaço, principalmente pelas laterais com Luan e Gabriel Jesus. Neymar também apareceu mais na frente, servindo os companheiros e se movimentando para puxar a marcação.
VAMO MEU BRASIL
Para a segunda etapa os germânicos vieram ainda mais pilhados em busca do empate. Tanto que, aos 13 minutos de jogo, Brandt rolo para Toljan na frente, que abriu na lateral e cruzou a meia altura para Meyer. O camisa sete se antecipou a marcação e bateu de primeira para o fundo das redes de Wéverton, decretando mais uma vez a igualdade no placar olímpico.
Vindo no banco de reservas, Felipe Anderson era o jogador mais agudo do time brasileiro, mas pecava na hora de tomar as decisões. Com a saída de Gabriel Barbosa, Jesus foi deslocado para mais próximo da grande área, entre os zagueiros alemães e procurando o pivô com Neymar. Ainda assim o relógio cumpriu seu tempo regulamentar e a decisão ficou para a prorrogação.
HORA DA EXPERIÊNCIA
E a partir daí só deu Brasil. Mostrando experiência, a Seleção trabalhava nas costas da marcação, aparecendo pelo menos quatro vezes frente a frente com Horn, mas pecando demais na hora de finalizar. A Alemanha passou a sentir a pressão adversária e segurou a posse de bola em busca de acalmar o ímpeto verde e amarelo. Os dois tempos da prorrogação foram de completa pressão do time da casa.
Nas cobranças de pênalti o coração brasileiro subiu tanto que foi até a boca. Ginter, Gnabry, Brandt e Süle colocaram a bola no fundo das redes, mas Peterson desperdiçou na última cobrança. Do lado brasileiro, Renato Augusto, Marquinhos, Rafinha e Luan acertaram e deixaram toda a decisão para os pés de Neymar. O craque ajeitou o jogou a bola no canto esquerdo, consagrando o primeiro ouro da Seleção.
Por Redação AEC | Fonte: Agência Futebol Interior
0 Comentários