Familiares dos irmãos Allan Abner, 3 anos, e Juraci Arthur, 4 anos, mortos no incêndio que atingiu um casarão em Cachoeira, no Recôncavo Baiano, estão aflitos com a demora para identificação e liberação dos corpos das crianças. A tragédia completa um mês nesta terça-feira (12). A tia das dos garotos, Rosemeire da Silva Moreira, diz que até o momento a família não recebeu nenhuma previsão de quando os corpos serão identificados e liberados, a fim de realizar o enterro dos meninos.
"Agora só a falta a liberação dos corpos, porque deixa a família desperada, em um sofrimento. A mãe [das crianças] até hoje toma remédio para dormir, porque não consegue dormir e a gente tem que estar sempre conversando com ela, porque é difícil. É uma tortura e um tormento. A gente precisa da liberação para enterrar esses dois anjos. É uma fatalidade que aconteceu e ninguém sabe porque essa demora [para liberar os corpos", afirma. Em nota, o Departamento de Polícia Técnica em Salvador (DPT), cujo laboratório é o único da esfera criminal no estado que faz o teste de DNA, afirmou que não é possível estabelecer um prazo para identificação do corpo, necessária para a liberação. O DPT diz que não é possível determinar o período por conta da complexidade da realização do teste que identifica os corpos. "O tempo de liberação destes laudos depende, sobretudo, da qualidade da amostra encontrada no corpo", diz o comunicado.
A tia, assim como a mãe dos meninos e cerca de 10 parentes que moravam no casarão estão abrigadas atualmente em dois imóveis alugado por meio da Secretaria Municipal de Assistência Social da cidade. Segundo Rosemeire, a família pretende ir mais uma vez a Salvador, a cerca de 120 km de Cachoeira, no sábado (16), para cobrar ao DPT agilidade na identificação e liberação das vítimas da tragédia. Os familiares já foram à sede do órgão na capital baiana 9 dias após o incêndio, no dia 21 de junho, para pedir resposta sobre a demora, mas acabou sem conseguir a liberação.
Por redação GN | Fonte: G1
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