Uma universitária de 23 anos teve a prisão em flagrante decretada por infanticídio neste domingo (12), em Dracena. De acordo com as informações da Polícia Civil, ela deu entrada no Pronto Atendimento Municipal (PAM) com sangramento e cólicas e a equipe médica constatou que a jovem havia praticado um aborto. Entretanto, no decorrer das investigações, os policiais encontraram, dentro de uma mala, uma recém-nascida que havia sido morta por asfixia mecânica.
Conforme o registro, as diligências tiveram início assim que a polícia foi acionada para atender a um crime de “suposto aborto”. No PAM, os médicos informaram aos agentes que a jovem, que é moradora de Adamantina, apresentava um quadro clínico de “aumento de volume uterino, sangramento e laceração do colo uterino” e, devido à gravidade, ela foi transferida para o setor de obstetrícia da Santa Casa, onde permaneceu internada. Durante as investigações, os agentes localizaram uma testemunha que acompanhou a autora no momento em que ela foi à unidade de saúde. Esta pessoa, segundo a polícia, “confirmou que havia deixado a amiga no Pronto Socorro, pois ela estaria se queixando de cólicas e sangramento”.
Esta testemunha ainda disse, de acordo com a ocorrência, “que suspeitava de que sua amiga estivesse grávida, mas que não sabia se ela realmente estava”. Mais tarde, a testemunha, que não teve a idade divulgada, procurou a Polícia Civil e apresentou uma mala que a indiciada havia deixado no porta-malas de seu carro. Assim que os policiais a abriram, foi encontrado, envolto a algumas toalhas, o corpo da criança. A equipe da perícia foi acionada para comparecer ao local e o cadáver foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML), onde, após a realização do laudo necroscópico, foi atestado que houve “asfixia mecânica”.
Diante dos fatos, a jovem de 23 anos teve a prisão ratificada em flagrante por infanticídio. Se condenada, ela poderá permanecer de dois a seis anos em detenção. A jovem universitária permaneceu internada no hospital, sob escolta policial, no aguardo de sua alta hospitalar para posterior remoção e encaminhamento a uma unidade carcerária feminina, de acordo com a Polícia Civil.
Por Redação GN | Fonte: G1
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