O ex-ministro ministro do Planejamento do governo Lula e das Comunicações no primeiro governo Dilma Paulo Bernardo foi preso nesta quinta-feira (23), em Brasília. A prisão dele aconteceu em um desmembramento da 18ª fase da Operação Lava Jato, que também cumpre um mandado de busca e apreensão na casa da senadora Gleisi Hoffmann, em Curitiba. Batizada de Custo Brasil, a operação acontece ainda na sede do PT, em São Paulo.
A Polícia Federal indiciou Gleisi Hoffmann (PT-PR) e o marido dela, o ex-ministro Paulo Bernardo, ao concluir o inquérito sobre as suspeitas de que dinheiro desviado da Petrobras abasteceu em 2010 a campanha ao Senado da parlamentar; o valor seria de R$ 1 milhão.
A PF afirma ter indícios suficientes contra Gleisi e o marido, o ex-ministro Paulo Bernardo, por suposto envolvimento em crime de corrupção. A assessoria de imprensa da senadora Gleisi Hoffmann, que responde pelo casal, informou em nota que "todas as provas que constam no inquérito comprovam que não houve solicitação, entrega ou recebimento de nenhum valor pela senadora Gleisi Hoffmann ou pelo ex-ministro Paulo Bernardo".
Segundo a assessoria, "são inúmeras as contradições nos depoimentos dos delatores, as quais tiram toda a credibilidade das supostas delações. Um deles apresentou, nada mais, nada menos, do que cinco versões diferentes para esses fatos, o que comprova ainda mais que eles não existiram".
Delação
Um novo delator , Antonio Carlos Pieruccini, informou que transportou o dinheiro, em espécie, de São Paulo para Curitiba em quatro viagens e que entregou a quantia para Ernesto Kugler, empresário que seria próximo de Gleisi. Segundo a PF, as entregas ocorreram na casa de Kugler e em empresas das quais é sócio. E que o empresário e o então tesoureiro da campanha de Gleisi, Ronaldo da Silva Baltazar, se falaram por telefone pelo menos 25 vezes.
Segundo o relatório da Polícia Federal, ao qual a TV Globo teve acesso, o suposto pedido de dinheiro para a campanha de Gleisi teria sido feito ao ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa quando Paulo Bernardo era ministro do Planejamento do governo Lula e só porque o ex-ministro teria conhecimento do esquema de desvios na Petrobras.
Por Redação GN | Fonte: Correio 24h
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