Após residir por 18 anos em Berlim, Alemanha, a dançarina, coreógrafa e videomaker baiana, Lilian Graça, retorna a Salvador e realiza um projeto autoral de vídeo e dança. Em fase final de ensaios, o espetáculo ‘Trilhos & Estações – uma viagem dançada da Calçada a Paripe’ estreia em 27 de julho e vai até 5 de agosto (2016), com duas apresentações/dia, em horários a serem divulgados. Acontecerão performances na Estação Ferroviária da Calçada e nos trens, além de exibição de videodança na estação.
O projeto reúne cerca de 40 profissionais das áreas de dança, vídeo, música, figurino, fotografia, produção, design, computação gráfica e comunicação, dentre outras. A ideia interdisciplinar de Lilian, ao juntar dança, vídeo, ferrovias e trens, é vencedora do edital 'Arte em Toda Parte – Ano III' da Fundação Gregório de Mattos. A entrada é de R$ 0,50 (cinquenta centavos), valor do tíquete do trem.
EUROPA e BRASIL – Lilian fez graduação em Dança pela Universidade Federal da Bahia (UFBA) e atuou como dançarina e coreógrafa na cena da dança nas décadas de 1980/90 em Salvador e São Paulo. Depois, partiu para Europa e se fixou em Berlim onde residiu por 18 anos. Lá, cursou o mestrado em Coreografia pela Escola Superior de Artes Teatrais Ernst Busch e realizou projetos artísticos (Flucht, Geh Hirn, Corta a Cana). Também colaborou com artistas da cena livre de dança de Berlim, criou e dirigiu seu próprio estúdio de Pilates por 10 anos, obtendo reconhecimento nessa área.
A partir de 2014 inicia um processo de retorno ao Brasil. Se inscreve e é aprovada no doutorado de Artes Cênicas/UFBA e retoma suas pesquisas coreográficas e videográficas. ‘Trilhos & Estações’ é o seu primeiro trabalho para o público baiano depois de quase duas décadas na Europa. Após o término do doutorado, previsto para dois anos e meio, Lilian reflete sobre dividir a sua vida profissional entre Europa e Brasil. “Acho que seria bom para aproveitar as boas influências de cada um desses lugares”, adianta.
PROCESSO – Nas suas pesquisas, ela redescobriu as desativações das ferrovias no Brasil. Ela diz que só depois de morar na Alemanha se perguntou por qual motivo o Brasil desistiu de investir em um meio de transporte fundamental como o trem em um país de dimensões continentais. “Foi nesse desejo de tratar do assunto artisticamente que descobri nas pesquisas a história dessa malha ferroviária construída no Império. Ou seja, esse lugar tem uma importância histórica que poucos conhecem”, afirma Lilian.
O processo criativo constou de pesquisas, leituras e experimentos em salas de ensaio, trilhos e estações de trem. “Os dançarinos tiveram contribuição criativa já que trabalhamos por improvisação para as cenas”, diz Lilian. Temas que envolviam corpo e arquitetura das estações e dos trilhos foram explorados nos movimentos. “Exploramos temas ligados a ideia de viajar, movimentos que o trem proporciona ao corpo do viajante, atravessamentos, esperas, abandonos e memória trazendo para a dança”, descreve a coreógrafa.
SERVIÇO
O quê: Exibição de Videodança e Performances – Projeto ‘TRILHOS & ESTAÇÕES – uma viagem dançada da Calçada a Paripe’
Onde: Estação da Calçada e performances nos trens até Paripe
Quando: dias 27 a 29 de julho e 02 a 05 de agosto (2016).
Horários: a definir
Informações: Moniz Comunicação – Geraldo Moniz (71 99110-5099, geraldo.monizcomunicacao@gmail.com) e Bruno Ganem (71 991281325, brunoganem.monizcomunicacao@gmail.com)
Por Redação GN | Fonte: Moniz Comunicação
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