O pai de uma menina de 11 anos contou que o suspeito enviava mensagens para o WhatsApp do celular da filha dele com fotos do próprio corpo e pedia imagens da menina pelada.
O pai relatou à polícia que começou a se passar pela menina, junto com a madrasta dela, e eles combinaram o encontro com o suspeito na rodoviária, onde a agressão ocorreu. O caso foi registrado no 1º Distrito Policial de Mogi das Cruzes com base no artigo do Estatuto da Criança e do Adolescente que trata de “aliciar, assediar, instigar ou constranger.”
O suspeito não foi levado para a delegacia porque precisou ser hospitalizado no Hospital Luzia de Pinho Melo, mas no boletim de ocorrência consta que ele é “averiguado”. O pai levou para a polícia cópias das mensagens, que foram anexadas ao boletim de ocorrência. A Secretaria Estadual de Saúde informou que o hospital não autorizou a divulgação do estado de saúde do suspeito.
Mensagens
O pai da menina contou na delegacia que na madrugada de 27 de março um estranho fez contato com o celular da filha dele pelo WhatsApp. Segundo o pai, havia a mensagem “oi” e a foto de um pênis. O pai ainda relatou que a filha viu a mensagem por volta das 10h e entregou o celular para a madrasta, que respondeu “oi, quem é?”.
Ainda de acordo com o pai, houve resposta apenas às 11h19. Segundo o boletim de ocorrência, a madrasta se passou pela criança e começou a conversar com o suspeito. O pai disse que ele próprio também se passou pela filha na tentativa de descobrir o que o homem queria com a criança. Desde então, segundo o pai, a criança não falou com o suspeito. Ainda de acordo com o pai, as conversas foram se prolongando e o homem pedia abertamente fotos da menina pelada, perguntava sobre o corpo, etc.
Segundo o pai, na madrugada deste sábado, o homem propôs um encontro e eles marcaram no Terminal Rodoviário. Pensando estar falando com a menina, o pai disse que o suspeito mandou uma foto do próprio busto para ser reconhecido.
De acordo com o boletim de ocorrência, na hora marcada, a madrasta e o pai esperavam o homem no terminal, perto do banheiro. A madrasta falava com o suspeito ao telefone se passando pela criança. Ele apareceu conversando ao telefone com a mulher. Quando ficou frente a frente com a madrasta, o pai relatou que ele gesticulou como se fosse abraçá-la e foi segurado.
O pai acrescentou que pessoas que passavam pelo local perguntaram o que estava acontecendo e a madrasta disse: “pedófilo!”. Segundo o pai, populares começaram a agredir o suspeito até a chegada da Polícia Militar. O pai disse que tentou evitar a agressão porque já havia chamado a polícia, mas havia uma dez pessoas agredindo o homem. Ele relatou à polícia que “fez o que pode para tentar evitar a agressão pois seu objetivo era a prisão do indivíduo.” O pai da menina levou para a delegacia os pertences do suspeitos, que incluíam celular com dois chips, chip avulso, preservativos e bolsa de pano, que serão encaminhados para perícia. Fotos: Portal Palotina.
Por Redação GN | Fonte: G1
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