Escrita por Rosane Svartman e Paulo Halm, com direção geral de Luiz Henrique Rios, a trama tem como protagonista a ambiciosa Carolina (Juliana Paes), diretora da revista de moda Totalmente Demais. Nascida e criada num bairro de classe média, ela se orgulha das origens, mas sempre buscou ir além.
Carolina tem um antigo relacionamento com Arthur (Fábio Assunção), que nunca se estabilizou. Ela sempre esbanjou independência, mas agora seu relógio biológico está apitando e ela quer ser mãe. O bon vivant lhe parece a melhor possibilidade de um futuro pai para seu filho, mas ele nem cogita a hipótese.
Do outro lado da história está Eliza (Marina Ruy Barbosa), que fugiu do interior do Rio, por ser assediada pelo padrasto Dino (Paulo Rocha). Ela passa a viver nas ruas da capital com a ajuda de Jonatas (Felipe Simas).
A dupla cria uma parceria: enquanto ele vende bala e guarda carros, ela comercializa flores nos restaurantes. Com o passar do tempo, eles se descobrem apaixonados, mas o lançamento do concurso Garota Totalmente Demais muda o rumo das histórias.
Ação inédita
A novela conta ainda com atores como Vivianne Pasmanter, Humberto Martins, Daniel Rocha, Hélio de La Peña, Sergio Malheiros, Leona Cavalli e o cantor Toni Garrido.
Numa ação inédita, a Globo lançou na semana passada uma prévia da trama, intitulada capítulo 0, na web. “Queríamos unir a internet e televisão, mas sem entregar muita coisa. A ideia do capítulo zero é completamente inovadora e o projeto só deu certo porque foi abraçado por diversas áreas da emissora”, afirma a autora.
Em entrevista, a protagonista Juliana Paes, 36 anos, fala sobre sua a personagem e relembra as marcantes Gabriela (Gabriela/2012) e Maya (Caminho das Índias/ 2009).
Você está acostumada a viver mocinhas, mas vai encarar uma mulher ambiciosa. É mais complicado fazer uma vilã?
Eu não acho não. Eu acho que viver o politicamente correto acaba sendo uma tarefa mais complicada. Humanizar o que é inerente ao ser humano, que é o ser herói, é o mais difícil. Os vilões já são humanizados pela própria força. Já tem defeitos, falhas e virtudes.
Ultimamente, os vilões têm caído no gosto popular. Você acha que isso acontece por quê?
Existe uma curiosidade de ver, na ficção, os personagens fazendo coisas que nós pensaríamos em fazer. Em nome da ética, da fraternidade e do bem viver, a gente abre mão de alguns impulsos para agir corretamente, para ser bom e justo. Então, quando vemos personagens que não estão preocupados em ser bons, justos e honestos, existe uma pontinha de curiosidade de poder vê-los fazendo aquilo que sabemos que não podemos fazer.
Carolina será envolvida no mundo da moda. Como está sendo sua imersão nesse universo? Você é antenada em moda?
Além de visitar várias redações de revistas femininas, conversei com algumas pessoas do meio para ajudar a construir esse lado da Carolina, o de diretora de redação de uma revista. Os dois universos nos quais estou mergulhando para o papel já me interessam muito, naturalmente. Me formei em publicidade, então esse mundo da comunicação me é muito familiar. Conheço muitos jornalistas e acho uma profissão admirável quando praticada com seriedade. Com a moda tenho uma relação de fascínio e hobbie. Acho maravilhoso quando as pessoas conseguem se utilizar dela para se traduzir de alguma forma. As tendências podem ser uma base, mas cada um adapta da sua maneira.
Você vai voltar a contracenar com Humberto Martins, com quem fez Gabriela. Como está sendo esse reencontro?
É uma delícia. A gente se reencontra agora em posições muito diferentes das que tínhamos em Gabriela. Agora nossos personagens vivem um jogo de sedução e interesse. Em Gabriela, isso não existia. Eram relações puramente humanizadas. Essas relações são permeáveis e pautadas por interesses fora de um relacionamento singelo. O Humberto é um parceiro de cena muito legal, gosta muito de trabalhar a verdade e tem naturalidade em cena.
Por falar em Gabriela, qual importância desse papel tão marcante na sua carreira?
Foi um grande presente a oportunidade de interpretar um papel como Gabriela. Além da sensualidade característica dela, foi bacana dar vida a essa personagem de outra época, que vivia em um contexto completamente diferente do meu. São esses desafios que nos instigam e nos motivam a querer ir além.
Você está no ar na reprise de Caminho das Índias. Consegue assistir? Como é se ver como Maya e como foi participar dessa trama que ganhou o Emmy?
Na época, muitas pessoas se perguntaram sobre como seria essa trama indiana, como se passaria aqui e se as pessoas entenderiam. Quando acabou e ganhamos o Emmy, foi como um grito de vitória, principalmente por conseguir mostrar às pessoas como pode ser saudável uma cultura visitar a outra e uma cultura ser retratada por outra. Foi um grande barato a maneira como a cultura indiana foi abordada e como foi traduzida no Brasil. O que, no início, foi uma dúvida, acabou se tornando um trunfo. Eu assisto em intervalos de cena, entre uma troca de roupa e outra (risos) eu lembro de cada dia da Maya. É impressionante.
Há algum papel especial que você gostaria de interpretar um dia? Qual? Por quê?
Isso vem de momento, pois personagem é igual filho. Cada um tem seu cantinho, a cada um a gente se dedica de um jeito, pensa de um jeito. Cada um a gente descobre de um jeito diferente. Cada um é uma experiência tão única. Tenho um carinho grande por todos.
Por Redação GN | Fonte: Correio 24h
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