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Com contrato de emergência, ônibus só voltam a circular em Feira de Santana semana que vem

O prefeito de Feira de Santana, José Ronaldo Carvalho, anunciou em coletiva nesta terça-feira (18) que duas empresas foram contratas emergencialmente para assumir o transporte da cidade. A cidade está sem ônibus porque as duas empresas responsáveis pelo sistema atualmente retiraram os coletivos das ruas alegando problemas com fornecimento de combustível.

As empresas contratadas, Auto Ônibus São João Ltda e a Empresa de Ônibus Rosa Ltda, são as mesmas que venceram a licitação na última sexta para assumir o transporte da cidade - elas têm prazo de 180 dias para começar os trabalhos da licitação definitiva. A ideia era prorrogar até lá o contrato das empresas atuais, que se encerra esse mês, mas com o conflito a prefeitura resolveu pela contratação emergencial.

As duas empresas devem trazer 170 ônibus para Feira de Santana na semana que vem - o prazo é a quarta-feira (26). Até lá, vans foram autorizadas a fazer o transporte nas linhas regulares, a frota de táxi pode atuar como lotação, com sua capacidade máxima de carga, e os veículos regularizados que fazem o transporte de passageiros dos municípios próximos também foram liberados para atuar na cidade. Ainda há 500 mototaxistas regularizados na cidade.

“O que a gente deseja é que o transporte seja restabelecido no mais curto espaço de tempo”, afirmou o prefeito. Os ônibus têm idade entre dois e dez anos  e foram conseguidos com empresas do Rio de Janeiro e de São Paulo.

Representante das empresas, Rodrigo Rosa afirmou que elas têm interesse em já ir renovando a frota, mesmo tendo prazo de seis meses para fazer a mudança. O contrato prevê ônibus zero quilômetro. "Os novos ônibus já foram pedidos e à medida que as indústrias nos entregar vamos fazer esta troca, paulatinamente", disse Rosa.

O prefeito destacou que existem muitas questões a serem debatidas, como a questão dos trabalhadores e o uso do smart card nos coletivos.

O advogado do Sindicato das Empresas de Transportes Coletivos Urbano de Feira de Santana (Sincol), Ronaldo Mendes, afirmou à TV Bahia que as empresas antigas, 18 de Setembro e Princesinha, teriam interesse em renovar o contrato emergencial, que vence na semana que vem, mas para isso precisariam receber uma antiga dívida da prefeitura, de outra gestão. O valor ajudaria a assegurar o pagamento do combustível, já que as empresas teriam perdido o crédito com os fornecedores por não terem vencido a licitação.

Na sexta, as empresas recolheram os seus ônibus para as garagens, afirmando enfrentar dificuldade financeira para a compra de combustível. Depois de uma reunião, os ônibus chegaram a circular no sábado, mas foram novamente recolhidos no domingo.

Por Blog do Gerson Oliveira | Fonte: Correio 24h

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