De nada adiantou Justin Gatlin, aos 33 anos, depois de passar metade da carreira suspenso por doping, correr tudo que correu nesta temporada. O homem mais rápido do mundo segue sendo o atleta mais admirado na atualidade. Contra todos os prognósticos, deu Usain Bolt na final dos 100m no Mundial de Atletismo de Pequim, na China.
A vitória do jamaicano é também da enorme comunidade de fãs do atletismo por todo o mundo. Afinal, não são poucos os que torcem contra Gatlin. Não é fácil explicar como que um atleta de 33 anos se torna cada vez mais veloz. E o histórico de doping depõe contra ele e a favor daqueles que argumentam que o norte-americano deveria estar banido do esporte.
Bolt é o oposto. Poucas vezes um atleta teve tanta torcida a favor, ainda que nos últimos meses tenha sido alvo dos alarmistas. Desde o título mundial em Moscou, em 2013, o jamaicano quase não competiu. Correu uma única vez os 100m em 2014 (9s98) e participou de um único evento em 2015. Na chuva, em Londres, fez 9s87.
O favorito em Pequim era Gatlin, que correu cinco vezes abaixo de 9s80 nesta temporada e, com 9s74, fez a quinta melhor marca da história. Na semifinal, fez impressionantes 9s77. Mas final é final.
Com dois norte-americanos de um lado e dois do outro, Bolt era só descontração na largada. Fez as tradicionais caretas para a câmera, escondeu o rosto, fez cara de "também não entendi" quando um chinês tocou teclado por 9s58 antes da largada, "descobriu" que esquecera de fazer a barba. Queria mostrar que não estava tenso.
Gatlin era a seriedade em pessoa e largou melhor. Faltando cerca de seis passos para a chegada, o norte-americano tentou uma passada mais larga e perdeu um pouco o equilíbrio. Bolt chegou atropelando, depois de uma largada ruim, e venceu nos detalhes: 9s79 contra 9s80 do rival. Não é uma marca tão expressiva para a carreira dos dois, mas o que importava era ganhar o ouro.
O bronze foi dividido entre os dois velocistas que também devem dividir o protagonismo a partir do próximo ciclo olímpico: Trayvon Bromell, dos Estados Unidos, e Andre de Grasse, do Canadá, ambos com 9s92. Os dois têm apenas 20 anos. A final, de altíssimo nível, ainda teve os norte-americanos Mike Rodgers (9s94) e Tyson Gay (10s00) e o jamaicano Asafa Powell (10s00). Exceto o canadense, os demais seis estão entre os 13 melhores de todos os tempos.
Fonte: Estadão Conteúdo
A vitória do jamaicano é também da enorme comunidade de fãs do atletismo por todo o mundo. Afinal, não são poucos os que torcem contra Gatlin. Não é fácil explicar como que um atleta de 33 anos se torna cada vez mais veloz. E o histórico de doping depõe contra ele e a favor daqueles que argumentam que o norte-americano deveria estar banido do esporte.
Bolt é o oposto. Poucas vezes um atleta teve tanta torcida a favor, ainda que nos últimos meses tenha sido alvo dos alarmistas. Desde o título mundial em Moscou, em 2013, o jamaicano quase não competiu. Correu uma única vez os 100m em 2014 (9s98) e participou de um único evento em 2015. Na chuva, em Londres, fez 9s87.
O favorito em Pequim era Gatlin, que correu cinco vezes abaixo de 9s80 nesta temporada e, com 9s74, fez a quinta melhor marca da história. Na semifinal, fez impressionantes 9s77. Mas final é final.
Com dois norte-americanos de um lado e dois do outro, Bolt era só descontração na largada. Fez as tradicionais caretas para a câmera, escondeu o rosto, fez cara de "também não entendi" quando um chinês tocou teclado por 9s58 antes da largada, "descobriu" que esquecera de fazer a barba. Queria mostrar que não estava tenso.
Gatlin era a seriedade em pessoa e largou melhor. Faltando cerca de seis passos para a chegada, o norte-americano tentou uma passada mais larga e perdeu um pouco o equilíbrio. Bolt chegou atropelando, depois de uma largada ruim, e venceu nos detalhes: 9s79 contra 9s80 do rival. Não é uma marca tão expressiva para a carreira dos dois, mas o que importava era ganhar o ouro.
O bronze foi dividido entre os dois velocistas que também devem dividir o protagonismo a partir do próximo ciclo olímpico: Trayvon Bromell, dos Estados Unidos, e Andre de Grasse, do Canadá, ambos com 9s92. Os dois têm apenas 20 anos. A final, de altíssimo nível, ainda teve os norte-americanos Mike Rodgers (9s94) e Tyson Gay (10s00) e o jamaicano Asafa Powell (10s00). Exceto o canadense, os demais seis estão entre os 13 melhores de todos os tempos.
Fonte: Estadão Conteúdo
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