O ex-lateral esquerdo e ídolo do Santos Léo, que se
aposentou em maio, quase foi impedido de votar na eleição que definirá o
novo presidente do clube pelos próximos três anos, neste sábado, no
ginásio Athié Jorge Cury, na Vila Belmiro. A ausência de um de seus
sobrenomes no registro do clube causou empecilho, levando uma das
mesárias responsáveis a dizer que o atleta não tinha condições de
participar do pleito. Após conseguir votar, Léo não poupou a
truculência, diz que foi provocado pela responsável e chamou o processo
de vergonhoso.
"A dificuldade para que eu pudesse votar vocês viram,
não? A moça me falou: você é um ídolo dentro de campo, fora é normal.
Pedi para que não perdesse a razão. Algumas pessoas são maldosas, mas
educação vem de berço. O número de associado batia, só o nome que não
porque faltava o Lourenço, lá constava apenas Leonardo Bastos. Não vou
ser maldoso, estou aqui como associado, mais nada. Ela só precisa ter
mais educação para tratar com as pessoas", desabafou o antigo camisa 3.
"Eu não sei (porque tantos desdobramentos polêmicos),
estou aqui envergonhado, com vergonha mesmo, porque passei isso na minha
primeira vez aqui só porque o meu nome não estava completo.
O número da
minha carteirinha constava. Consegui votar. Não vou falar se mancha ou
não o clube, mas a dificuldade foi muito grande", completou.
Léo é um dos principais apoiadores do candidato Modesto
Roma, da chapa Santos Gigante, um dos favoritos a vencer o pleito, de
acordo com algumas pesquisas divulgadas durante as últimas semanas.
O ex-atleta, inclusive, foi elogiado por Roma devido ao
seu empenho na campanha já que esteve, primeiramente, em São Paulo para
fazer "boca de urna", ajudando no apoio.
Léo assegura que não tem cargo prometido ou pleiteia
cargos futuros no clube caso Roma seja eleito alegando que ainda
precisará se preparar estudando.
Candidato à presidência do Santos, Orlando Rollo, não
poupou críticas direcionadas a empresa responsável pelas urnas
eletrônicas após nova falha técnica que interrompeu o processo e forçou a
utilização de cédulas de papel. Pouco após votar no ginásio Athié Jorge
Cury, na Vila Belmiro, Rollo disse que era impossível confiar no
processo, chamando as urnas de "caseiras", e colocou em dúvida, até
mesmo, a eleição realizada no Palmeiras pela mesma empresa, no último
dia 28, ironizando a vitória de Paulo Nobre.
O anúncio da mudança do sistema de votação ocorreu após
apenas 40 minutos de sessão. As urnas apresentaram problemas novamente e
sequer chegaram a funcionar. Durante a semana, o Santos bateu o pé com
relação a utilização das urnas alegando o cumprimento do artigo 37 do
estatuto social.
Os candidatos à presidência são: Nabil Khaznadar
(Avança, Santos), José Carlos Peres (Santos Vivo), Fernando Silva (Mar
Branco), Orlando Rollo (Pense Novo) e Modesto Roma (Santos Gigante). Fonte: Terra/Esportes