ÚLTIMAS NOTÌCIAS

6/recent/ticker-posts

ads

Brasil conquista três de ouro no segundo dia do Mundial em Doha

A natação brasileira teve uma performance histórica no segundo dia de disputa do Mundial em Piscina Curta (25 metros), nesta quinta-feira, em Doha, no Catar. Liderado por Felipe França, que estava presente nos três pódios, o Brasil conquistou três medalhas de ouro. Foram duas em revezamentos (4x50 metros medley e 4x50 metros misto) e uma outra individual (100 metros peito). Com essa performance, o Brasil aparece surpreendentemente na liderança do quadro de medalhas do Mundial, com as mesmas três medalhas de ouro da Espanha, também um azarão nessa disputa.

Curiosamente, todos os pódios espanhóis em Doha foram conquistados por Mireya Belmonte: antes dos 800 metros livre nesta quinta-feira, ganhou os 200 metros borboleta e os 400 metros medley no dia anterior. O grande nome do dia em Doha foi Felipe França. Na primeira final desta quinta-feira, ele ajudou a equipe brasileira a vencer o revezamento 4x50 metros medley, ao lado de Cesar Cielo, Nicholas Santos e Guilherme Guido. Depois, brilhou sozinho nos 100 metros peito. E, por fim, foi campeão também no 4x50 metros misto, com Etiene Medeiros, Nicholas Santos e Larissa Oliveira.



Na final do revezamento 4x50 metros medley, a equipe brasileira superou favoritos como França e Estados Unidos, que ficaram com prata e bronze, respectivamente. E ainda bateu o recorde mundial, ao conquistar a medalha de ouro com o tempo 1min30s51, baixando a marca de 1min32s78 que tinha sido conseguida pela Rússia um pouco mais cedo, nas eliminatórias da prova, também nesta quinta-feira. “Pegar esse recorde mundial no revezamento não poderia ser melhor, para deixar essa geração como uma das melhores da história”, comemorou Cielo. “A gente mereceu demais esse título”, concordou Nicholas Santos.

“A equipe fez a diferença, ficamos todos unidos, aquecendo juntos, fazendo tudo juntos. Assim, a vitória é obtida antes de nadar, é consequência”, disse Felipe França. Mas o dia de glória de Felipe França ainda estava apenas começando. Sem muito tempo para se recuperar - teve cerca de uma hora de descanso -, ele caiu novamente na piscina para ganhar ouro nos 100 metros peito. Fez o tempo de 56s29, novo recorde do campeonato, e superou o sul-africano Cameron Van Der Burgh, atual campeão olímpico e recordista mundial da prova, que terminou em quarto. Por fim, Felipe França ainda integrou a equipe do Brasil na vitória no revezamento 4x50 metros misto, fazendo sua parte no estilo peito.


O ouro veio com o tempo de 1min37s26, à frente da Grã-Bretanha (1min37s46) e da Itália (1min37s90). “Foi para fechar o dia com chave de ouro”, afirmou o nadador brasileiro, responsável por três pódios nesta quinta-feira. Agora, Felipe França passa a somar seis medalhas na história do Mundial em Piscina Curta. Na edição de 2010, em Dubai, ele conquistou uma de ouro, nos 50 metros peito, e duas de bronze, nos 100 metros peito e no revezamento 4x100 metros medley. Mas ainda pode aumentar sua coleção, pois vai nadar outras provas em Doha, no campeonato que se encerra apenas no domingo.
Felipe França comemora ( Foto: Satiro Sodre/SSPress)


Mais Brasil

Outro que ainda pode ganhar mais ouro em Doha é Cesar Cielo. Depois da vitória no revezamento 4x50 metros medley, ele voltou a cair na piscina nesta quinta-feira para a disputa das semifinais dos 50 metros livre. E conseguiu avançar para a final com o melhor tempo - também já tinha sido o mais rápido nas eliminatórias da prova, realizadas no período da manhã.

Nas semifinais, Cielo marcou o tempo de 20s80, ainda acima do seu melhor resultado, de 20s51. Mas foi o suficiente para superar os rivais na sua bateria, na qual duelou lado a lado com o francês Florent Manaudou, atual campeão olímpico. O nadador da França foi apenas o terceiro colocado, com 20s93, atrás também do russo Vladimir Morozov, que cravou a marca de 20s88. Os três voltam a duelar na final desta sexta-feira. “Foi uma prévia da final, com todo mundo na quarta marcha. Vamos ver como vai ser amanhã, quando todo mundo vai acelerar”, comentou Cielo, em entrevista ao SporTV.

“Vamos ver o que dá para melhorar (na disputa por medalhas). Um centésimo pode ser a diferença entre a prata e o ouro. Dá para fazer o melhor tempo da minha vida.” Guilherme Guido também teve chance de ganhar mais uma medalha nesta quinta-feira, depois do ouro no revezamento 4x50 metros medley, mas não teve sucesso na final dos 100 metros costas. Ele terminou apenas em quinto lugar, com 50s21. “Fiz o melhor tempo possível, meu melhor”, admitiu o brasileiro, já projetando agora a disputa dos 50 metros costas, que acontecerá nesta sexta. Fonte: Estadão Conteúdo