Marcha para Jesus reúne 200 mil em caminhada até zona norte de SP

Foto: Reprodução/G1

Vestindo camisetas personalizadas da seleção brasileira, pelo menos 200 mil pessoas estavam presentes neste sábado no começo da 22ª edição da Marcha para Jesus, em São Paulo. Organizada e presidida pelo apóstolo Estevam Hernandes, da Igreja Renascer, a marcha reúne igrejas cristãs de várias denominações. Ela percorreu 4 quilômetros pela Avenida Tiradentes, da Praça da Luz, no centro, até a Praça Heróis da Força Expedicionária Brasileira, na zona norte. No percurso, oito carros de som variaram pregações, escola de samba, grupos de rap e cantores gospel.

O evento ainda contou com bandas evangélicas como Pedras Vivas, Eyshila e Renascer Praise, organizadas em um palco na praça Campo de Bagatelle, na zona norte. A marcha teve início às 10h. Em alguns pontos, foram vistas bandeiras de cunho político, de defensores da ditadura militar a jovens pedindo mais ética na política. A Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) organizou uma operação especial para o evento em 47 pontos do percurso, mas houve congestionamento nas zonas norte e oeste da cidade.

A fonoaudióloga Priscila Agostinho, de 29 anos, participou da Marcha pela 15ª vez. Desde os 14 anos ela vem ao evento. Trouxe o namorado Júlio César Alves pela segunda vez na caminhada. “Eu era católico e ela me trouxe pela segunda vez. Me senti muito bem”, disse Alves. “Você é abençoado, é um dia que tira para Jesus”, disse Priscila. Segundo o casal, este ano a edição foi especial por ser época da Copa. “A alegria e a animação são maiores”, contou Priscila, que saiu cedo de Piracicaba (no interior de São Paulo) com o namorado para prestigiar a Marcha. O produtor gráfico Marcelo Caetano, de 38 anos, está presente na marcha há 11 anos. Neste sábado, ele levou os filhos Juan, de 10, e Lorena, de 2. “Está sendo ótimo. Aqui não tem confusão. Está sendo uma bênção”, disse.

Protestos

Pequenos grupos aproveitaram a multidão para realizar protestos políticos. A gerente de loja Cristina Peviane, de 51 anos, faz parte do Movimento Brasileiro de Resistência (MBR) e protestava no local. Segundo ela, outras 40 pessoas do movimento também estavam no ato. “Somos idealizadores da Marcha da Família com Deus”, disse. “Queremos votar com ficha limpa. Não votamos em partidos, mas em pessoas”, completou. Alguns manifestantes a favor da ditadura militar levavam cartazes como “Intervenção militar já! O Brasil exige ordem e progresso” e outro com a frase “País com democracia é País sem corrupção”. Fonte: Correio 24h