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Da porta mesmo, o profissional teria justificado que o hospital não tinha estrutura para partos de risco. Por este motivo, o obstetra a encaminhou para Itabuna. Lá, a mulher foi levada em uma ambulância, para a Maternidade Ester Gomes (Mãe Pobre), onde foi submetida a um exame de toque. Porém, a enfermeira, constatando a gravidade, informou que o hospital não possuía UTI Neo-Natal. Sentindo muitas dores, Arleane chegou ao Novaes. "Disseram que não tinha vaga e que era para a gente procurar outro hospital. Invadi a enfermaria, disse que minha amiga estava com sete meses, que estava perdendo líquido e que era parto de risco. Mesmo assim, não atenderam", disse Danielle. Willian Oliveira, responsável pelas imagens, descreveu em sua página no Facebook os momentos de desespero vividos pela jovem: "A gente já podia ver nitidamente metade dos pés da criança até os joelhos. Uma paciente, ouvindo os gritos de socorro, saiu da enfermaria e começou a tentar puxar a criança que estava nascendo. Saiu o tórax, mãos, ombro, e a criança estava se mexendo, mesmo com a mãe não tendo quase força. Todos viram o corpo da criança se debatendo por cerca de uns três minutos", descreveu Willian que concluiu: "Quando saiu os pés da criança ao invés da cabeça, foi como um filme de terror na recepção daquele hospital”. Por meio de nota, a Santa Casa de Misericórdia, mantenedora do Hospital Manoel Novaes, informou que o atendimento da gestante teria sido dificultado porque ela não apresentava um encaminhamento do médico que a atendeu em Ibicaraí. Ainda segundo a unidade, o ocorrido será averiguado e que teria dado todo o suporte necessário à paciente. Fonte: Jornal Forte no Recôncavo