Com jeitinho mineiro de falar, Samuel Rosa, 47 anos, Haroldo Ferretti, 44, Henrique Portugal, 49, e Lelo Zaneti, 46, nem parecem ter 23 anos de estrada. Agora, ao lançar Velocia (Sony Music), 10º álbum do Skank, eles garantem que o segredo da longevidade é justamente a tranquilidade.
“Quanto mais o mundo anda rápido, mais o Skank faz questão de botar o pé no freio. Queremos mesmo ser do contra nesse sentido”, diz o vocalista Samuel Rosa. “A gente procura se manter atualizado e produzir coisas de qualidade. Até por isso demoramos de lançar um álbum. Ficar preso a essa coisa da velocidade, você acaba caindo num buraco negro. Vejo artistas novos, hoje, que gastam pouco tempo para criar uma música e muito tempo divulgando a composição que ele mal construiu”, alfineta o tecladista Henrique Portugal.
Liberdade
Até por isso foram seis anos sem lançar álbum de inéditas e Velocia demorou 10 meses para ficar pronto. “Uma banda que tem trabalho autoral lançar um disco de inéditas é muito bacana, independente de qualquer coisa. Com tantos anos de banda, acabamos conquistando uma liberdade que é legal. Não temos tanto a pressão do mercado, já que estamos aí há alguns anos. Você poder lançar um álbum com tranquilidade é uma dessas liberdades”, pontua Henrique.
“O Velocia foi um álbum de investimento pessoal muito grande de todos nós. Foram 10 meses até chegar no que chamamos de pente-fino: as canções que a gente acha que poderiam nos representar melhor nesse momento, mostrar um Skank mais contemporâneo”, diz Samuel.
Velocia promete agradar os fãs mais antigos e também os mais recentes ao passear por ritmos como reggae, rock, pop e eletrônica. O disco começa com Alexia, em homenagem a jogadora espanhola de mesmo nome, e segue com a politizada Multidão, que conta com participação de B-Negão.
“Isso não é uma coisa inédita na carreira do Skank, mas óbvio que fomos inspirados pelas recentes manifestações. Até que enfim o brasileiro começou a tomar conta do Brasil. Essa música é contemporânea, criativa e não é agressiva”, acredita Henrique.
Apartidário
Samuel faz questão de esclarecer que o descontentamento não é partidário. “Longe disso. A gente precisa parar com essa mania no Brasil que qualquer comentário político tenha segundas intenções. Até porque, dentro do Skank existe uma discordância”, afirma.
O baterista Haroldo Ferretti também opina sobre o assunto: “Nunca falamos de uma forma panfletária. É nossa visão sobre o cotidiano. É bacana às vezes, não acho que música tem de ser sempre partidária, até porque ela tem o papel do relaxamento”.
O álbum segue com a balada Aniversário, que conta com participação de Lia Paris. Depois, vem Ela Me Deixou, composta por Nando Reis, que assina outras cinco canções de Velocia. Emicida e Lucas Silveira, vocalista do Fresno, também contribuíram com composições. Lucas com o rock Do Mesmo Jeito; e Emicida marca dupla presença com Rio Beautiful e Tudo Isso.
Parcerias
“Pode parecer novo, mas são pessoas que já faziam parte do nosso universo. O Lucas é um cara plural, que vê a música de uma forma parecida com a nossa. O Emicida já gravou conosco antes e a Lia é uma artista impressionante, de muita criatividade”, diz Henrique. “O disco é esse contraponto entre uma novíssima geração que contribuiu com o Nando, um antigo parceiro”, emenda Samuel.
“Quanto mais o mundo anda rápido, mais o Skank faz questão de botar o pé no freio. Queremos mesmo ser do contra nesse sentido”, diz o vocalista Samuel Rosa. “A gente procura se manter atualizado e produzir coisas de qualidade. Até por isso demoramos de lançar um álbum. Ficar preso a essa coisa da velocidade, você acaba caindo num buraco negro. Vejo artistas novos, hoje, que gastam pouco tempo para criar uma música e muito tempo divulgando a composição que ele mal construiu”, alfineta o tecladista Henrique Portugal.
Liberdade
Até por isso foram seis anos sem lançar álbum de inéditas e Velocia demorou 10 meses para ficar pronto. “Uma banda que tem trabalho autoral lançar um disco de inéditas é muito bacana, independente de qualquer coisa. Com tantos anos de banda, acabamos conquistando uma liberdade que é legal. Não temos tanto a pressão do mercado, já que estamos aí há alguns anos. Você poder lançar um álbum com tranquilidade é uma dessas liberdades”, pontua Henrique.
“O Velocia foi um álbum de investimento pessoal muito grande de todos nós. Foram 10 meses até chegar no que chamamos de pente-fino: as canções que a gente acha que poderiam nos representar melhor nesse momento, mostrar um Skank mais contemporâneo”, diz Samuel.
Velocia promete agradar os fãs mais antigos e também os mais recentes ao passear por ritmos como reggae, rock, pop e eletrônica. O disco começa com Alexia, em homenagem a jogadora espanhola de mesmo nome, e segue com a politizada Multidão, que conta com participação de B-Negão.
“Isso não é uma coisa inédita na carreira do Skank, mas óbvio que fomos inspirados pelas recentes manifestações. Até que enfim o brasileiro começou a tomar conta do Brasil. Essa música é contemporânea, criativa e não é agressiva”, acredita Henrique.
Apartidário
Samuel faz questão de esclarecer que o descontentamento não é partidário. “Longe disso. A gente precisa parar com essa mania no Brasil que qualquer comentário político tenha segundas intenções. Até porque, dentro do Skank existe uma discordância”, afirma.
O baterista Haroldo Ferretti também opina sobre o assunto: “Nunca falamos de uma forma panfletária. É nossa visão sobre o cotidiano. É bacana às vezes, não acho que música tem de ser sempre partidária, até porque ela tem o papel do relaxamento”.
O álbum segue com a balada Aniversário, que conta com participação de Lia Paris. Depois, vem Ela Me Deixou, composta por Nando Reis, que assina outras cinco canções de Velocia. Emicida e Lucas Silveira, vocalista do Fresno, também contribuíram com composições. Lucas com o rock Do Mesmo Jeito; e Emicida marca dupla presença com Rio Beautiful e Tudo Isso.
Parcerias
“Pode parecer novo, mas são pessoas que já faziam parte do nosso universo. O Lucas é um cara plural, que vê a música de uma forma parecida com a nossa. O Emicida já gravou conosco antes e a Lia é uma artista impressionante, de muita criatividade”, diz Henrique. “O disco é esse contraponto entre uma novíssima geração que contribuiu com o Nando, um antigo parceiro”, emenda Samuel.
O vocalista é só elogios a Nando Reis, que assina com ele seis canções de Velocia: “Me considero privilegiado de ser um parceiro regular do Nando. Acho que ele, dentro da música brasileira, tem um lugar muito singular em termos de qualidade de composição. Ele consegue fazer coisas de qualidade e ser abrangente. Isso não é nada fácil”.
“O que me deixa mais lisonjeado é que ele não tem tantos parceiros assim, atualmente ele faz tudo sozinho nos discos dele. O Nando é muito completo. A nossa parceria hoje tem grande relevância pro trabalho do Skank”, emenda.
“O que me deixa mais lisonjeado é que ele não tem tantos parceiros assim, atualmente ele faz tudo sozinho nos discos dele. O Nando é muito completo. A nossa parceria hoje tem grande relevância pro trabalho do Skank”, emenda.
Chico Amaral, parceiro antigo, no entanto, só assina uma música do álbum. “Não espero parar de compor com o Chico. Mas as composições, assim como as amizades, às vezes, estão mais distantes, outras próximas. Às vezes caminham pro mesmo lugar, outras não, essa variação é normal”, observa o líder do grupo.
A turnê do disco ainda não tem local de estreia, mas começa em setembro e deve passar pelas principais cidades do país. “Normalmente temos um tempo de preparação antes da turnê. Precisamos nos preparar, já experimentar as músicas nos shows. Fizemos um disco mais limpo para ser mais fácil de levar pra estrada”, observa o tecladista.
E a vontade de trazer o novo trabalho para Bahia está grande. “Temos que reclamar, pois faz tempo que não vamos lá e não é culpa nossa. Existe uma forte conexão entre Minas e Bahia”, diz Haroldo.
“A Bahia é um polo cultural importante para o Brasil e não existe nenhum outro lugar que o Skank tenha sido tão lembrado em músicas. Não só com participações, mas também em ser citado em letras de músicas”, conta Samuel.
Erasmo Carlos
No fim da entrevista, os músicos aproveitaram para festejar a declaração recente de Erasmo Carlos à revista da Gol. Erasmo disse que se ele tivesse que integrar alguma banda atualmente seria o Skank. “Um cara que nos influenciou, falar isso é algo magnífico”, diz o vocalista. “Ele flerta com uma porção de gente, mas isso não impediu de dizer o que ele queria, ou seja, mostra a convicção do cara. Não é uma mera rasgação de seda. Foi algo muito honesto”, emenda.
Samuel aproveita também para fazer uma provocação ao eterno parceiro de Erasmo Carlos, mas “com todo respeito”. “Acho que o Roberto deve um pouco ao rock, acho que ele poderia fazer jus, nos dias atuais, àquele formato musical que o consagrou. Seria legal ele reverenciar aquela trilha que ele usou pra virar o artista que ele é”, afirma.
Fonte: Correio 24h
A turnê do disco ainda não tem local de estreia, mas começa em setembro e deve passar pelas principais cidades do país. “Normalmente temos um tempo de preparação antes da turnê. Precisamos nos preparar, já experimentar as músicas nos shows. Fizemos um disco mais limpo para ser mais fácil de levar pra estrada”, observa o tecladista.
E a vontade de trazer o novo trabalho para Bahia está grande. “Temos que reclamar, pois faz tempo que não vamos lá e não é culpa nossa. Existe uma forte conexão entre Minas e Bahia”, diz Haroldo.
“A Bahia é um polo cultural importante para o Brasil e não existe nenhum outro lugar que o Skank tenha sido tão lembrado em músicas. Não só com participações, mas também em ser citado em letras de músicas”, conta Samuel.
Erasmo Carlos
No fim da entrevista, os músicos aproveitaram para festejar a declaração recente de Erasmo Carlos à revista da Gol. Erasmo disse que se ele tivesse que integrar alguma banda atualmente seria o Skank. “Um cara que nos influenciou, falar isso é algo magnífico”, diz o vocalista. “Ele flerta com uma porção de gente, mas isso não impediu de dizer o que ele queria, ou seja, mostra a convicção do cara. Não é uma mera rasgação de seda. Foi algo muito honesto”, emenda.
Samuel aproveita também para fazer uma provocação ao eterno parceiro de Erasmo Carlos, mas “com todo respeito”. “Acho que o Roberto deve um pouco ao rock, acho que ele poderia fazer jus, nos dias atuais, àquele formato musical que o consagrou. Seria legal ele reverenciar aquela trilha que ele usou pra virar o artista que ele é”, afirma.