Carlos Alex e Lucas Lopes, suspeitos de participação no linchamento que causou a morte de Fabiane |
O suspeito foi apresentado pela polícia na Delegacia Sede do Guarujá ao lado do ajudante de serviços gerais Lucas Rogério Fabrício Lopes, de 19 anos, segundo dos agressores a ser preso. Lopes é conhecido pela alcunha de “Lagartixa”, e Oliveira, de "Pote".
Pela manhã, Lopes havia afirmado em depoimento à polícia que Oliveira, o “Pote”, teria sido executado por traficantes após o espancamento de Fabiane, mas a polícia o localizou em Peruíbe.
O delegado Luiz Ricardo Lara disse que testemunhas relataram à polícia que traficantes estão punindo os moradores que participaram do linchamento. Segundo relatos, algumas pessoas que participaram do linchamento "sumiram". “Realmente, chegou ao conhecimento da Polícia Civil [que traficantes estão aplicando represálias]. Contudo, não há evidências objetivas dentro do inquérito de que algum dos suspeitos tenha sido sequestrado ou sofrido qualquer tipo de sevícia”, disse Lara.
A participação de cada um dos três presos (até o momento) aparece em vídeos gravados por testemunhas com telefones celulares. Denúncias anônimas e testemunhas ouvidas pela polícia auxiliaram na identificação dos suspeitos. Segundo investigadores, Lopes golpeou a cabeça de Fabiane com uma bicicleta e a arrastou pela rua. Oliveira amarrou as mãos e as pernas da mulher, desferiu chutes na vítima e bateu com a cabeça dela contra o chão. Ambos disseram estar “muito arrependidos”. Oliveira disse que estava sob efeito de cocaína.
A polícia também apreendeu o pedaço de madeira que, segundo agentes, foi usado pelo eletricista Valmir Dias Barbosa, de 48 anos, para golpear a cabeça de Fabiane. Barbosa foi o primeiro detido e confessou o crime.
“A polícia está analisando as imagens e conseguindo individualizar a conduta de cada um daqueles que concorreram para a morte de Fabiane. Isso é de extrema importância para que a gente tenha sucesso na ação penal, caso eles venham a ser processados”, disse delegado Luiz Ricardo Lara, titular do 1º DP do Guarujá.
Outros dois suspeitos tiveram a prisão preventiva decretada pela Justiça, mas não foram encontrados por policiais. Fonte: Veja