Foto: Ueslei Marcelino/Reuters |
A presidente Dilma Rousseff defendeu a organização do mundial no Brasil e disse, durante discurso no 17º Congresso da União da Juventude Socialista (UJS), em Brasília, que o país não tem do que se envergonhar.
Em entrevista à agência Reuters, Ronaldo afirmou que as críticas feitas pela Fifa ao Brasil pelo não cumprimento de prazos são justas, já que o país sabia desde 2007 das exigências da entidade. “De repente chega aqui é essa burocracia toda, uma confusão, um disse me disse, são os atrasos. É uma pena. Eu me sinto envergonhado porque é o meu país, o país que eu amo. A gente não podia estar passando essa imagem”, lamentou.
A entrevista teve ampla repercussão internacional.
Além de se contrapor a Ronaldo, o ministro repetiu o mantra de que não há motivo para aflição. "Esse grande evento não será motivo de constrangimento para o país que construiu a sétima economia do mundo e é o maior vencedor de todos os Mundiais", disse ele. "Estou seguro de que não só o Ronaldo, mas todos os brasileiros e turistas estrangeiros que vierem nos visitar terão orgulho, e não vergonha." Para Rebelo, o governo cumpriu seu papel no "esforço de construção e de desenvolvimento do Brasil".
Também no sábado, o presidente da Fifa, Joseph Blatter, em entrevista ao jornal suíço Le Temps apontou uma das razões pelas quais um país que tem notórias deficiências de gestão e mão de obra especializada, e um igualmente notório excesso de burocracia, acabou se enredando no cipoal em que se encontra dias antes do início da Copa. Segundo Blatter, o Brasil chegou a propor a construção de 17 estádios para sediar a Copa do Mundo de 2014, duas vezes mais que a exigência da entidade. No final, as sedes foram 12 — e Blatter fez questão de ressaltar que a decisão de levar a Copa para lugares como Manaus foi do governo brasileiro, e não da Fifa.
A cadeia de erros do Brasil na Copa
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Estádios demais
Como poderia ter sido: A Fifa ficaria satisfeita com apenas oito estádios, o suficiente para o evento
O que o país fez: Para aumentar o número de cidades envolvidas – e atender aos pedidos do maior número possível de governadores e prefeitos –, ampliou o número para doze arenas
Qual foi a consequência: Além de encarecer todo o evento, criou dois problemas. Sem investidores privados para bancar estádios em capitais sem clubes de grande torcida, usou-se dinheiro público. Além disso, algumas das arenas poderão virar elefantes brancos depois do Mundial
O que o país fez: Para aumentar o número de cidades envolvidas – e atender aos pedidos do maior número possível de governadores e prefeitos –, ampliou o número para doze arenas
Qual foi a consequência: Além de encarecer todo o evento, criou dois problemas. Sem investidores privados para bancar estádios em capitais sem clubes de grande torcida, usou-se dinheiro público. Além disso, algumas das arenas poderão virar elefantes brancos depois do Mundial
O que ficou só na promessa para o Mundial
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Estádios privados
O Estádio Nacional de Brasília: o custo se aproxima dos 2 bilhões de reais em verba pública
O ministro do Esporte do governo Lula prometia uma Copa totalmente privada, sem uso de dinheiro público nas arenas. Entre as doze sedes do Mundial, porém, só três (São Paulo, Curitiba e Porto Alegre) são empreendimentos particulares - e mesmo essas obras dependem de financiamento de bancos estatais e generosos incentivos públicos.