PMs rejeitam Ășltima proposta do governo e decretam greve geral em todo o estado

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PMs rejeitam Ășltima proposta do governo e decretam greve geral em todo o estado

Foto: Ana Paula Bispo/Metropress
Os policiais e bombeiros militares da Bahia decidiram entrar em greve por tempo indeterminado. A decisão foi tomada em assembleia realizada no Wet'n Wild, na tarde desta terça-feira (15). A categoria rejeitou as propostas apresentadas pelo Governo do Estado de reestruturação e modernização da Polícia Militar.

A categoria, que reĂșne pelo menos 34 mil homens na ativa no estado, reivindica melhoria salarial, mudanças na polĂ­tica remunerativa, plano de carreira, acesso Ășnico ao quadro de oficiais, um CĂłdigo de Ética, aposentadoria com 25 anos de serviço para a PolĂ­cia Feminina, aumento do efetivo, bacharelado em Direito para os oficiais, alĂ©m de elevação de toda a tropa para o nĂ­vel superior entre 2014 e 2018.

O governo tem até 180 dias antes do início do período eleitoral para remeter ao Legislativo qualquer projeto que provoque alteraçÔes salariais de servidores.

A assembleia desta terça-feira contou com as diversas associaçÔes da categoria, como a Associação de Policiais e Bombeiros e de seus Familiares do Estado da Bahia (Aspra), a Associação de Praças da Polícia Militar do Estado da Bahia (APPM-BA) e a Associação dos Oficiais da Polícia Militar da Bahia (Força Invicta).

O coordenador-geral da Aspra, Marco Prisco, jĂĄ havia afirmado que as propostas sugeridas pelo Governo nĂŁo agradavam. "As propostas que o Governo ofereceu para a gente nĂŁo contemplam a categoria", disse.

Na segunda-feira (14), representantes das associaçÔes de policiais e bombeiros militares participaram de reuniĂŁo com o secretĂĄrio da Segurança PĂșblica, MaurĂ­cio Barbosa, e o comandante-geral da PM, coronel Alfredo Castro. O secretĂĄrio garantiu rever alguns pontos apresentados aos policiais. Entre os itens propostos para revisĂŁo estĂŁo o cĂłdigo de Ă©tica, o plano de carreira e a promoção na corporação.

EM 2012

Em janeiro de 2012, os policiais militares e os bombeiros da Bahia realizaram uma greve que durou 12 dias. Cerca de 3 mil policiais ocuparam a Assembleia Legislativa, no Centro Administrativa da Bahia (CAB), durante a paralisação.

Os policiais reivindicavam o cumprimento da lei 7.145 de 1997, com pagamento imediato da GAP V, incorporação da GAP V ao soldo, regulamentação do pagamento de auxílio acidente, periculosidade e insalubridade, cumprimento da lei da anistia e a criação do código de ética, além da criação de uma comissão para discutir um plano de carreira para a categoria.

Durante a greve, a Força Nacional de Segurança PĂșblica e o ExĂ©rcito reforçaram o policiamento em Salvador. Os agentes foram distribuĂ­dos em locais de maior circulação de pessoas, como estaçÔes de transbordo, hospitais, e Terminal RodoviĂĄrio.

Paralisação e possível greve da Polícia Civil
A partir das 8h desta quarta-feira (16), os policiais civis da Bahia irão paralisar as atividades e retomarão os serviços apenas no mesmo horårio do dia seguinte. Serå mantido 30% do efetivo trabalhando no atendimento para prisão em flagrante, levantamento cadavérico, crimes contra a criança e contra a vida, durante a paralisação.

A decisĂŁo foi aprovada pela categoria na tarde de segunda-feira (14) durante assembleia promovida pelo Sindicato dos Policiais Civis e Servidores da Secretaria da Segurança PĂșblica da Bahia (Sindpoc). O indicativo de paralisação de 24h foi deliberado na assembleia geral do funcionalismo pĂșblico estadual no Ășltimo dia 2.

Segundo o Sindpoc, a aprovação do Projeto de Lei que define o reajuste dos funcionårios do Estado parcelado em duas vezes desagradou os servidores. Na manhã desta quarta-feira (15), os trabalhadores devem se reunir em assembleia no Ginåsio de Esportes do Sindicato dos Bancårios (na Ladeira dos Aflitos) para discutir uma possível greve geral.

Representantes de outras categorias, como Sindicato dos Trabalhadores em Educação (APLB ), Associação dos Motoristas Oficiais do Estado da Bahia (ASMOEB), Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Terceiro Grau (SINTEST), Sindicato dos Servidores PenitenciĂĄrios (SINSPEB), Sindicato dos Trabalhadores em SaĂșde (SINDSAÚDE), Sindicato dos Servidores do Poder JudiciĂĄrio (SINPOJUD), Sindicato dos Servidores do Detran (SINDETRAN), entre outros, tambĂ©m devem participar da reuniĂŁo. Fonte: Planeta Agora | Correio