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O suspeito da agressão foi encaminhado ao complexo policial de Feira de Santana, onde foi ouvido e pagou fiança de um salário mínimo para ser liberado em seguida. O frentista José Souza dos Santos, de 31 anos, contou que houve uma batida entre um carro e caminhão em frente ao posto onde trabalha e a dona do veículo ficou muito nervosa e pediu para estacionar na área do estabelecimento. Mesmo com a restrição, o funcionário autorizou.
Quando o marido da condutora envolvida no acidente chegou, o frentista informou que ele teria de retirar o carro do local porque estava impedindo a entrada de clientes.Segundo o frentista, o pedido irritou o homem, que o agrediu verbalmente com xingamentos, ofensas e o chamando de "preto". O homem foi conduzido ao complexo policial de Feira de Santana, onde colegas do frentista também prestaram depoimento confirmando a agressão verbal. O suspeito foi ouvido a portas fechadas e escondeu o rosto com um paletó. Na delegacia, ele não quis falar com a imprensa sobre o assunto.
A delegada Mônica Soares explicou o enquadramento do crime cometido contra o frentista. "O racismo se configura da seguinte maneira: quando uma pessoa é impedida de entrar em um estabelecimento comercial, entrar em um restaurante, de ser matriculado em alguma instituição. Isso é o racismo na letra da lei. No caso de uma ofensa, querer injuriar uma pessoa, xingar, usando a cor da pele, como foi o caso, por exemplo, nesse caso é injúria qualificada", explica. Fonte: Blog do Edosn Alves com informações do G1.